[RESENHA] #16: A SELEÇÃO - A SELEÇÃO 01 - KIERA CASS

Informações Técnicas:
Título: The Selection
Traduzido: A Seleção
Série: A Seleção
Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Ano: 2012
Páginas: 361

"Trinta e cinco garotas e uma coroa"

Cass, Kiera
          A Seleção / Kiera Cass ; tradução Cristian Clemente. - 1ª ed. -
São Paulo : Seguinte, 2012.
          Título original: The Selection.
          ISBN 978-85-65765-01-5 (brochura)
          ISBN 978-85-65765-72-5 (capa dura)

"Não queria ser da realeza.

Não queria ser Um.

Não queria nem tentar.

Nem todas as garotas querem ser princesas. America Singer, por exemplo, tem uma vida perfeitamente razoável, e se pudesse mudar alguma coisa nela desejaria apenas ter um pouquinho mais de dinheiro e poder revelar seu namoro secreto. Um dia, America topa se inscrever na Seleção só para agradar a mãe, certa de que não será sorteada para participar da competição em que o príncipe escolherá sua futura esposa. Mas é claro que seu nome aparece na lista das Selecionadas, e depois disso sua vida nunca mais será a mesma..."

Poderia ser mais um livro chato sobre romance, fadas madrinhas, um príncipe rico e bonito e uma plebeia corajosa e blá-blá-blá. Mas não. Kiera veio pra arrasar com essa trilogia tão sucinta e astuta.

Quando peguei esse livro pra ler, peguei com um pré-conceito. Pensei "mais um romance teen tedioso" e antes da vigésima primeira página eu já tinha dado gargalhadas e chorado. E olha que eu nem sequer estava na tal da TPM.

Devorei a seleção em menos de 6 horas, e sem dúvidas além de morder a língua, fiquei encantada com o mundo tão parecido com o nosso só que melhor organizado ao qual eu fui apresentada.

A seleção não fala só sobre príncipes e sonhos de realeza, fala sobre problemas reais, problemas que convivemos diariamente como a pobreza, a fome e a miséria, a falta de humanidade e as maldades as quais muitos entes próximos são impostos. Falta sobre como o mundo é diferente e o fato sobre nunca estarmos satisfeitos com o que temos. Fala de amizade, lealdade e sobre família. Espero que os jovens que leram esse livro ou qualquer outro da trilogia, tenha sentido o coração apertado nas diversas vezes em que fomos apresentados a realidade dos grupos mais inferiores. E espero, de coração, que ninguém tenha passado por nada parecido, mesmo sabendo o quanto isso é provável.

Resenha:

America Singer é uma menina bonita e simples. Filha do meio de uma família de artistas, ou seja, uma cinco. Eles trabalhavam duro pra ter seu sustendo, e mesmo assim nossa protagonista, em momento nenhum, sente vergonha ou tem vontade de subir de nível.

America mora com seus pais e sua irmã caçula, e é surpreendida um dia pela chegada de uma carta da família real convocando a ela - e a todas as outras jovens da região - para se inscrever na Seleção, onde 35 meninas seriam 'sorteadas' e uma delas sairia com a coroa e casada com o Príncipe.

America não queria se inscrever. Na verdade, ao contrário do que muitos pensariam, ela estava muito bem com o fato de pertencer a um número como o cinco, e pensava que seria imensamente feliz ao se casar com o suposto amor de sua vida, Aspen, e descer mais um número, se tornando uma seis.

Aspen é muito orgulhoso, e por mais que ele ame America e queira ficar com ela, casar com ela, ele também sabe que é uma oportunidade única e que jamais se perdoaria se ela não tentasse, ao menos, participar da seleção. E assim começa a história. America se inscreve a pedido de Aspen. O que ninguém espera é que ela realmente seja selecionada. E é exatamente o que acontece.

America e Maxon se conhecem na primeira noite no castelo. Ali já dá pra perceber - por mais previsível que seja - que eles se dão super bem. Claro que vivenciam momentos cômicos, tristes, românticos e muito fofos, como qualquer casal.

Acho que não foi só America que se surpreendeu com o príncipe. Eu também! O rapaz não tinha a menor ideia a respeito de nada fora do castelo e ela foi uma ótima amiga contanto a ele como são as coisas do outro lado do muro que os protege. Surge uma bela amizade, cheia de companheirismo entre eles dois.

Claro que ao longo do livro sofremos junto com America quando o príncipe se encontra com outras meninas, e ela passa por cada situação. Ela ainda sofre por Aspen, se perguntando se um dia poderá voltar a amar novamente, e ao mesmo tempo não sabe que tipo de sentimento é esse que o príncipe desperta nela.

America conhece Marlee e elas se tornam muito amigas. Na opinião dela, o príncipe deveria escolher Marlee, não nenhuma das outras meninas. Mas, o que deu pra perceber e deixou meu estômago cheio de borboletas, é que o príncipe só escolheria outra caso ela deixasse claro que não o queria.

Muitas meninas são eliminadas nesse primeiro livro, e ele termina ficando com as oito semifinalistas que são conhecidas como a Elite.

O livro tem um desenrolar maravilhoso. Chega a ser difícil resenhar sobre ele, porque a vontade que dá é de contar com detalhes a história toda, embolando o primeiro livro com o segundo e por fim ao terceiro como se fossem um único exemplar!

É uma história leve e ao mesmo tempo te faz parar pra pensar e fazer analogias trazendo tudo o que nossa mocinha viveu ou viu alguém viver para o nosso dia-a-dia. É uma história de amor. Mas de muitos tipos de amor. O amor entre amigos, o amor entre desconhecidos, o amor ao próximo, o amor impossível, o amor entre família e o amor que pode superar tudo!

É o típico livro que, caso eu tivesse lido sem a continuação disponível, teria surtado! Ainda bem que quando resolvi ler, já estavam todos traduzidos e sendo comercializados, rá.

É isso. Espero que vocês leiam A Seleção e se apaixonem como eu me apaixonei. Que vocês possam enxergar além de um romance besta - o que, fique claro, não é - e que vocês consigam analisar o enredo como um tudo de forma especial.

Até a próxima!

Jéssica Miguel